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O Dragão e a Princesa

I capítulo - A fuga da prisão

Eram homens muito maus, que fechavam em gaiolas todos os animais que conseguiam encontrar. Prendiam-nos com correntes e batiam-lhes com um chicote para os obrigarem a fazer os truques que divertem as pessoas que pagam para ver o circo.

O cavalo era obrigado a relinchar e levantar as patas, o cão era obrigado a saltar e a dançar como uma bailarina, o elefante era obrigado a fazer o pino apoiado na tromba, a girafa obrigada a baloiçar pelo pescoço, a foca obrigada a equilibrar-se em cima de uma bola… e o Dragão era obrigado a fingir que era mau, a cuspir fogo e a assustar as pessoas.

E assim foi, durante anos, até que o Dragão cresceu e cresceu e cresceu, e ficou tão grande que já não cabia na jaula. O Diretor do Circo foi obrigado a mudá-lo de sítio. Era uma manobra muito complicada. Foram precisos pelo menos 40 homens, que são 4 vezes os dedos das tuas mãos, para mudarem o Dragão de lugar.

— Oi! — gritava um.

— Ui! — gritava o outro.

— Iça!

— Puxa! 

E gritavam e içavam e puxavam e não estava a ser fácil mudar o Dragão. Até que, já muito cansados de tanto esforço, os 40 homens, que são 4 vezes todos os dedos das tuas duas mãos, sentaram-se para descansar e comer qualquer coisa que lhes devolvesse as forças.

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