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O Dragão e a Princesa

VII capítulo - A saudade

Pedro não apareceu. 

Nesse dia a Princesa ficou triste; mas pensou: de certeza hoje teve um imprevisto e não pôde vir.

Mas passou mais um dia e o Pedro continuou a não aparecer. E a Princesa ficou ainda mais triste: será que aconteceu alguma coisa?

E passou ainda mais um dia e o Pedro continuou a não aparecer. E a Princesa ficou ainda mais triste: será que já não quer vir?

E os dias passaram uns atrás dos outros e o Pedro nunca mais subiu ao castelo. E a Princesa, que já não sabia o que pensar, de tão triste que estava, adoeceu. 

Sim, é verdade: é possível adoecer de saudade. 

Primeiro, o Dragão tentou tudo o que sabia: água fria, água quente, panos frios, panos quentes, sumo de laranja, sumo de limão, mel, menta, chá, camomila, cidreira, tília, jasmim, mezinhas, mesas e mesonas, e nada resultou. A Princesa estava cada vez mais doente e o Dragão cada vez mais desesperado.

Não restavam dúvidas: precisava de um médico! Mas o único médico daquelas terras ficava na aldeia; e na aldeia, moravam os homens maus… Pensava o Dragão… 

— Que fazer? — perguntou preocupado o Dragão. Mas o Dragão sabia o que tinha de fazer. E, como era muito valente, mesmo com medo dos homens da aldeia, pegou na menina ao colo e desceu o monte até ao vale que temia tanto.

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